terça-feira, 6 de julho de 2010

A CORUJA E A ÁGUIA


Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
-Basta de guerra - disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
-Perfeitamente - respondeu a águia. - Também eu não quero outra coisa.
-Neste caso combinemos isso: de ora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
- Muito bem. Mas como vou distinguir os teus filhotes?
- Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo,alegres, cheios de graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave. Já sabes, são os meus.
- Está feito! - concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três mostrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis bichos! - disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
- Que? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...
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Moral da história:
Quem o feio ama, bonito lhe parece

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